Todo mundo tem TDAH? Uma análise sobre a prevalência e os desafios do transtorno
- headlinebrnews
- 5 de out. de 2024
- 2 min de leitura
Psiquiatra discute a prevalência e os desafios do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade

O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é frequentemente discutido na sociedade moderna, mas será que todos têm TDAH? Em um artigo recente, o psiquiatra Eugênio Grevet, coordenador do Ambulatório de TDAH em Adultos do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, aborda essa questão, destacando a complexidade do diagnóstico e os desafios enfrentados por pacientes e profissionais de saúde.
Grevet explica que o TDAH é um transtorno neurobiológico que afeta cerca de 5% da população mundial. No entanto, ele ressalta que a percepção de que “todo mundo tem TDAH” pode ser atribuída ao aumento do conhecimento sobre o transtorno e à maior conscientização sobre seus sintomas. Isso, por sua vez, leva a um número crescente de diagnósticos, o que pode dar a impressão de que o TDAH é mais comum do que realmente é.
O psiquiatra também destaca a importância de um diagnóstico preciso e criterioso. Segundo Grevet, muitos sintomas do TDAH, como desatenção e hiperatividade, podem ser confundidos com características de outras condições ou até mesmo com comportamentos normais em determinadas situações. Por isso, é crucial que o diagnóstico seja feito por profissionais qualificados, que possam diferenciar o TDAH de outras possíveis causas.
Além disso, Grevet aborda os desafios enfrentados pelos pacientes após o diagnóstico. Ele menciona que o tratamento do TDAH geralmente envolve uma combinação de medicação e terapia comportamental, mas que o acesso a esses tratamentos pode ser limitado. A falta de recursos e a desinformação sobre o transtorno são barreiras significativas que muitos pacientes precisam superar para receber o cuidado adequado.
Outro ponto importante levantado pelo psiquiatra é o impacto do TDAH na vida dos pacientes. Grevet afirma que, sem o tratamento adequado, o TDAH pode afetar negativamente o desempenho acadêmico e profissional, além de prejudicar as relações pessoais. Ele enfatiza a necessidade de um suporte contínuo e de estratégias de manejo que ajudem os pacientes a lidar com os sintomas de maneira eficaz.
Por fim, Grevet conclui que, embora o TDAH seja um transtorno sério e prevalente, a ideia de que “todo mundo tem TDAH” é um mito. Ele reforça a importância de uma abordagem informada e cuidadosa para o diagnóstico e tratamento, garantindo que os pacientes recebam o suporte necessário para viver de forma plena e produtiva.
Comments